dc.description.abstract |
O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma das culturas mais importantes para o nordeste brasileiro. Porém, sua produção é muito afetada por estresses abióticos como o déficit hídrico e a salinidade da água da irrigação. O estresse salino pode causar grandes reduções no seu desempenho produtivo. Assim, torna-se fundamental selecionar variedades que apresentam mecanismos de tolerância a salinidade da água. Um experimento foi conduzido em casa de vegetação, com o objetivo de selecionar variedades de feijão-caupi tolerantes à salinidade da água da irrigação, em condições edafoclimáticas de Catolé do Rocha, PB. Adotou-se o delineamento em blocos completos casualizados, sob esquema fatorial 5 x 2 (n= 6). Os tratamentos foram cinco variedades de feijão-caupi (BRS Novaera, BRS Pajeu, BRS Pujante, Pingo-de-ouro e Costela de Vaca) e duas condutividade elétrica (C.E.) [0,0 dS m-1 e 5,0 dS m-1]. Avaliaram-se: assimilação de CO2
(A), condutância estomática (gs), transpiração (E) e concentração intercelular de CO2
(Ci); as eficiências do uso da água (EUA), intrínseca do uso da água (EUAi) e de carboxilação (A/Ci); índice de tolerância ao estresse (ITS), pela massa seca (MS) da parte aérea (ISTMSPA), da raiz (ISTMSR) e total (ISTMST). Um teste de comparação de médias entre os tratamentos foi realizado (Scott-Knott, p ≤ 0,05). Em C.E. de 0,0 dS m-1, as variedades de feijão-caupi apresentaram valores adequados de A, gs, E e Ci, não diferindo significativamente entre si, exceto para a A da variedade BRS Pajeu. Sob C.E. de 5,0 dS m-1, a BRS Pujante apresentou o melhor resultado para a A, superior a BRS Novaera e BRS Pajeu. Para a gs, a melhor variedade de feijão-caupi (C.E. de 5,0 dS m-1), foi a BRS Pujante (p<0,05). Nessas condições, as variedades Pingo-de-ouro e Costela de Vaca
apresentaram maior Ci (p<0,05). Além disso, as variedades Pingo-de-ouro e Costela de Vaca, obtiveram os menores valores para EUA, EUAi e A/Ci, com reduções significativas (p<0,05). As variedades BRS Pajeu, BRS Pujante e Pingo-de-ouro, foram mais tolerantes a salinidade (p<0,50), apresentando maior ITSMSPA e ITSMST. Já para o ITSMSR, a BRS Novaera e Pingo-de-ouro foram as mais tolerantes a salinidade. A variedade BRS Pujante foi mais tolerante a salinidade de 5,0 dS m-1, através da manutenção das trocas gasosas e maior eficiência do uso da água. As variedades BRS Novaera e BRS Pajeu também mantém a eficiência do uso da água em condições de salinidade elevada. Sob C.E. de 5,0
dS m-1, as variedades Pingo-de-ouro e Costela de Vaca reduziram a atividade
fotossintética, com maior fechamento estomático. As variedades BRS Pajeú, BRS Pujante e Pingo-de-ouro foram mais tolerantes a salinidade, pelo ITSMSPA e ITSMST. Já as mais susceptíveis foram a Costela de Vaca e a Novaera. Palavras-chave: Vigna unguiculata (L.) Walp.; NaCl; condutividade elétrica; atividade fotossintética. |
pt_BR |