Resumo:
O SARS-CoV-2, agente etiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave, apareceu na cidade de Wuhan, na China e rapidamente se espalhou, dando início a uma pandemia de proporções nunca antes vistas, desde a pandemia de Gripe Espanhola. Diversos impactos surgiram nas mais variadas áreas, inclusive na Odontologia, em que o risco de infecção ocupacional é o maior dentre todos os profissionais da saúde. Dessa forma, a chegada do Coronavírus modificou várias normas e medidas de biossegurança e controle de infecção no consultório odontológico, atingindo, assim, o cotidiano dos cirurgiões-dentistas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a ocorrência do COVID-19 em cirurgiões-dentistas. O estudo foi do tipo descritivo, com técnica de amostragem usada Bola de Neve (snowballsampling). Os dados foram apresentados por meio da estatística descritiva. O banco de dados utilizado para organização de estocagem das informações foi o Microssoft Excel (Microsoft Corporation, 2018). Foram coletados 180 formulários no período de setembro de 2020 a julho de 2021, dos quais 98.9% tinham a odontologia como principal fonte de renda, sendo 73.3% de mulheres. Cerca de 63.9% declarou ter companheiro, além de 38.9% terem renda familiar superior a R$ 8360,00. Quanto à região de atuação, 65.56% se situavam na região Nordeste. Pouco mais da metade dos respondentes, 50.6%, alegou ter até 5 anos de formação, e 74,4% alegou ter alguma especialidade. Cerca de 52.8% dos dentistas atuam apenas no setor privado. Quanto ao quadro de saúde, 87.2% declararam não ter nenhuma morbidade. Aproximadamente 76.7% dos participantes não se enquadrava no grupo de risco relacionado à COVID-19 e 23.3% obteve resultado positivo no teste diagnóstico para a doença. Quanto às novas medidas de biossegurança para enfrentamento da COVID-19, 88.3% recebeu informações sobre novas condutas de biossegurança no consultório odontológico. Nesse sentido, 54.4% se sentiam confiantes para realizar atendimentos frentes às novas condutas de biossegurança. A maioria dos participantes foi de mulheres, com companheiros, residentes na região nordeste e com atuação no setor privado. A ocorrência de morbidades foi baixa, porém uma parcela significativa enquadrou-se no grupo de risco relacionado à COVID-19. Grande parte declarou estar com os imunizantes em dia, tanto para a gripe como para a hepatite, porém um quinto dos profissionais testou positivo para o COVID-19. Mais da metade reportou sentir-se confiantes para os atendimentos no ambiente odontológico.
Descrição:
LOPES, Ana Cecília Simões. Avaliação da ocorrência de COVID-19 em cirurgiões-dentistas: um estudo baseado na Web. 2024. 47 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.