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A Questão Religiosa, em seu sentido mais restrito, de 1872 a 1875, constituiu-se na expressão aberta e mais concreta das permanentes tensões entre as esferas secular e sacra geradas desde o período colonial, quando o Estado buscava interferir nas coisas da Igreja, sob o regime do padroado. Consagrada como um dos capítulos de maior interesse da história e historiografia do Segundo Império, devido às proporções que assumiu e às complexidades, a ela, intrínsecas. No entanto, pelo exame do estado da arte, constatou-se uma carência de trabalhos voltados à sua repercussão na província da Parahyba do Norte, vizinha a Pernambuco, um dos epicentros da contenda, afora os textos que dissertaram ao que tange imediatamente à sedição dos Quebra-kilos, tida por uns com o seu maior e direto resultado no território. Face a isso, este trabalho buscou minimizar essa lacuna, e, pela análise qualitativa de periódicos parahybanos e de fora da região, que noticiaram algo relacionado à temática, como os jornais Diário de Pernambuco e O Apóstolo, constatou diversas ressonâncias dessa querela e embates, circunscritos a narrativas, nas ideias ou falas transcritas, às agressões mesmas de caráter físico, que aquele silêncio nas produções historiográficas poderia sugerir que não houvesse. |
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