Avaliação das prescrições de antimicrobianos dispensados em uma unidade básica de saúde em campina grande-pb

Abstract

Os antimicrobianos podem ser compostos naturais produzidos por bactérias ou sintéticos fabricados em laboratórios. Dependendo de sua ação, são classificados como bactericidas ou bacteriostáticos. Essa classe de medicamentos é reconhecida como uma das mais prescritas globalmente e seu uso abusivo e inapropriado está estreitamente ligado e correlacionado com o aumento da resistência bacteriana, seja ao nível hospitalar ou comunitário, sendo considerado um problema de saúde pública mundial. Este estudo teve como objetivo avaliar as prescrições de antimicrobianos dispensados na Unidade Básica de Saúde Odete Leandro. Tratou-se de um estudo do tipo descritivo, transversal, com abordagem qualiquantitativa, realizado através das segundas vias das prescrições médicas e odontológicas de antimicrobianos dispensados no período de 2022 e 2023 na Farmácia da Unidade Básica de Saúde (UBS), com parecer de Número: 6.781.995. Foram examinadas um total de 289 prescrições de antimicrobianos dispensados. Destes, 180 prescrições datam de 2022 e 109 de 2023. Durante esse período, foram registrados aproximadamente 13 tipos distintos de antimicrobianos. A amoxicilina, a azitromicina e a cefalexina foram os mais prescritos. Observou-se prevalência do gênero feminino tanto em 2022 (67,8%) quanto em 2023 (69,7%) nas dispensações. A maioria dos prescritores foram clínicos gerais da UBS em 2022 (70,6%) assim como em 2023 (46,8%). Com base nos resultados da pesquisa, foi possível identificar o padrão de prescrição de antimicrobianos da UBS. Em 2022, a azitromicina 500mg foi a mais prescrita, seguida pela amoxicilina e cefalexina. Em 2023, houve uma mudança de antimicrobianos, com a amoxicilina (nas apresentações de 500mg e 250mg/5mL) liderando as prescrições, seguida pela cefalexina e azitromicina.