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O déficit no saneamento básico, principalmente em relação ao esgoto sanitário, interfere
diretamente na qualidade de vida da população e na preservação do meio ambiente. A ausência
de coleta, transporte e tratamento de esgotos resulta na disseminação de várias doenças e
compromete a qualidade dos corpos hídricos. Dessa forma, o presente trabalho objetivou propor
um sistema de esgotamento sanitário (SES) para a área urbana do município de Aroeiras – PB.
Nesta região, não existe um sistema coletivo de esgotamento sanitário, sendo comum o uso de
soluções inadequadas para o despejo dos esgotos, como fossas rudimentares e o lançamento in
natura no corpo hídrico. Foi realizado o dimensionamento da rede coletora de esgoto para
atender toda a demanda populacional urbana, além do planejamento de uma destinação final
adequada para o esgoto. Os cálculos indicaram que a extensão total da rede de esgotamento
sanitário foi de 10,20 km, compreendendo 144 trechos de tubulação, com uma extensão média
de 70,84 m. Para o tratamento dos esgotos, optou-se pelo sistema de lagoa de estabilização do
tipo facultativa, devido às condições favoráveis de insolação, temperatura e vento, sendo essa
disposta no ponto mais baixo da cidade. Conclui-se, portanto, que a rede coletora dimensionada
é economicamente e tecnicamente eficiente, aproveitando a topografia do terreno para
promover o escoamento por gravidade. Além disso, a lagoa facultativa alcançou uma eficiência
teórica na remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) de 89,8%, atendendo aos
padrões exigidos pela legislação ambiental para o lançamento de efluentes tratados em corpos
hídricos. |
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