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As lesões musculoesqueléticas resultam de danos devido a traumas ou uso excessivo, estas
podem estar associadas a presença de dor, esta dor pode ser conceituada como uma experiência
desagradável sensorial ou emocional, associada ou semelhante a uma lesão tecidual. O cross
training e a musculação são treinamentos de força que, apesar dos potenciais benefícios aos
atletas, podem ocasionar um alto índice de lesões. No entanto, a literatura carece de estudos
comparativos para determinar se há uma modalidade que apresenta maior risco especialmente
em mulheres jovens. Nessa perspectiva, esta pesquisa teve como objetivo investigar a
prevalência de dor e lesões musculoesqueléticas em mulheres jovens nas modalidades
musculação e cross training, comparando o risco de exposição à lesão entre ambas. A pesquisa
estudo observacional do tipo transversal de caráter analítico. Foram incluídos na pesquisa
mulheres entre 18 e 45 anos de idade que praticam exclusivamente uma das modalidades de
treinamento. A coleta foi feita através de formulário online. Os instrumentos utilizados foram
o questionário semiestruturado incluindo a escala EVA e o questionário MIR-Q. Os dados
foram inseridos em uma planilha eletrônica e analisados por meio do Software estatístico SPSS
(versão 22.0). As variáveis categóricas foram descritas em número absoluto e percentual e as
variáveis contínuas em médias e desvio padrão. Os dados foram normalizados e comparados
entre as variáveis das modalidades de treino. Foram realizados testes de correlação ponto
bisserial para verificar correlações entre variáveis contínuas, e o teste Qui-quadrado de Pearson
para verificar associações das variáveis categóricas, sendo o nível de significância adotado de
p < 0,05. Houve significância estatística, na comparação dos grupos para as variáveis: idade
(p < 0,001), peso (valor p = 0,01), possuir orientação de algum educador físico (p < 0,001) e
apresentar dor durante o treino (p = 0,05). O grupo musculação apresentou superioridade nas
respostas positivas do MIR-Q, mostrando significância apenas nas variáveis “sinais visíveis de
lesão” (p = 0,01), “diagnóstico de desvio na coluna” (p = 0,03), “alterações de humor, no
apetite, no sono, nos relacionamentos interpessoais ou no aparecimento frequente” (p < 0,001),
“queda de rendimento” (p = 0,008). Já quanto os aspectos relacionados a dor, foi identificado
relação significante (p = 0,02) entre “possui orientação profissional” e “tem dor durante o
treino”. O estudo evidenciou que as modalidades de treinamento estudadas não apresentam
tendência significativa para predisposição de lesão ou presença de dor e fica esclarecido que as
variáveis idade e tempo de prática estão associadas a presença de dor no treino, de forma
inversamente proporcional. |
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