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Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um distúrbio neurológico, ocasionado por um coágulo interrompendo a perfusão de um vaso sanguíneo que irriga o cérebro, podendo ocasionar também o extravasamento de sangue. As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte mundial, dentre elas em 2019 o AVC ocupou o segundo lugar nas causas de morte, sendo responsável por 11% delas no Brasil. O déficit de controle de tronco é uma das mais significativas sequelas. Assim como, também ocorre limitação na ação do diafragma. Sendo assim, esse estudo tem como objetivo avaliar a relação entre capacidade vital lenta, força muscular respiratória e controle de tronco em pacientes pós acidente vascular cerebral. Métodos: Estudo transversal, descritivo, exploratório e de abordagem quantitativa que ocorreu na Clínica Escola de Fisioterapia (CEF) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde os participantes foram avaliados a partir da Escala de Comprometimento de Tronco (ECT), da manovacuometria e da capacidade vital lenta (CVL). Resultados: 10 indivíduos foram incluídos para análises, a média de idade foi de 59,4 ± 12,8, sendo 5 indivíduos do sexo feminino e 5 indivíduos do sexo masculino. Os achados indicam que os indivíduos avaliados possuem redução da força muscular inspiratória e da força muscular expiratória, assim como possuem redução nos valores de CVL sem apresentar ainda déficit de controle de tronco, porém com déficit de força da musculatura abdominal. Conclusão: Sugere-se que indivíduos acometidos por AVC possuem déficit de força muscular respiratória, gerada como consequência das sequelas motoras, pode-se perceber um déficit de força da musculatura abdominal por meio do ECT o que pode contribuir com o baixo valor de PEmáx. Além disso, nos valores de CVL foi encontrado resultados abaixo do predito para esses indivíduos, enfatizando o declínio na função pulmonar que ocorre em indivíduos após o AVC. Através dos achados do estudo sugere-se realizar avaliações recorrentes da função respiratória desses indivíduos; além de inseri-los em programas de reabilitação para melhorar a força dos músculos respiratórios, volumes e capacidade pulmonares e evitar complicações respiratórias. |
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