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O Príncipe é considerado uma das obras políticas mais comentadas ao longo de mais de quatro séculos, deixando um legado muito rico acerca da política, mas, não muito aceito pela Igreja até os dias atuais. Por outro lado, vários personagens políticos da história, bem como em vários conflitos armados, juntamente com suas ambições, tramas, conspirações e punições, antes ou depois de Maquiavel, supõem-se que todos esses movimentos são compatíveis com a sua obra. A Itália na virada do século XV e XVI se encontrava fragilizada por conta dos conflitos internos, portanto, invadida pelos estrangeiros. Para alavancar a nação como uma grande potência, segundo Maquiavel este entende que seria necessário um príncipe que tivesse virilidade e astúcia, ser forte, bem armado, temido e cruel, e que soubesse antecipar os acontecimentos prevendo o mal ou o bem, e afastá-lo ou aproveitá-lo sem depender de favores de outrem. Desta forma, tudo que fosse feito, deveria ser em prol do bem maior supremo: não ao indivíduo em particular, mas, sim ao Estado. Um grande projeto em que, Maquiavel rompe com os conceitos morais cristãos, o qual regia desde Idade Média. Com o apoio do povo, de boas leis, com as próprias armas juntamente com o exército de sua própria nação, fórmula essa entre outras que, Maquiavel adotou para tornar um país poderoso. Decerto, que a ruptura da ética tradicional com a política, a qual Maquiavel propôs, não significa dizer que a mesma ficou sem ética. O pensador apenas vestiu-lhe outra “roupagem”, possibilitando novas tendências e perspectivas sociais de sua época em diante, inclusive a formação de um poder centralizado: o Estado Moderno. |
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