O ideal ascético da moral cristã: contradições sobre o valor da vida a partir do projeto genealógico de Nietzsche

Abstract

O presente trabalho decorre de uma análise sobre a origem dos valores morais a partir do protejo genealógico de Friedrich Nietzsche (1844-1900), um dos mais influentes no que diz respeito à crítica da moral. A base teórica deste artigo está na obra Genealogia da moral, de 1887, na qual Nietzsche analisa a origem e a construção dos valores morais. Como objetivo geral buscou-se compreender a origem dos valores morais, tendo como foco a moral cristã, ou seja, a procedência que rege os princípios e valores baseados no ideal ascético do cristianismo: identificando os argumentos e contextos fundamentados pelo autor a respeito dos problemas acerca dos ideais ascéticos; analisando os efeitos que podem repercutir na vida dos seguidores ascetas, a partir da crença na busca aos ideais ascéticos, neste caso em foco, o ascetismo proposto pelo cristianismo. O tema foi pautado no entendimento de como os valores morais foram tratados ao longo da história, no que concerne a crítica aos valores tradicionais. A metodologia corresponde à leitura das obras e trabalhos referentes ao tema proposto, desde a obra principal às correlacionadas. Pode-se refletir que os valores morais surgem de relações de poder e ressentimento e a crítica à moral cristã que aprofunda o declínio e o sofrimento. Tal reflexão continua a influenciar a filosofia contemporânea, incentivando uma reavaliação crítica da origem e funções da moral.