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Esse trabalho tem por objetivo analisar a influência da criminologia midiática na manutenção
da criminalização da pobreza e da negritude, mediante ao aparato discursivo utilizado nos
telejornais policiais do Brasil. Busca-se compreender como as representações da criminologia
midiática colaboram com a perpetuação de uma identidade nacional excludente, que relega
esses grupos à criminalidade para poder justificar a negligência e violência depositadas sobre
seus corpos e espaços. Metodologicamente, a pesquisa qualitativa inclui uma revisão
bibliográfica que envolve o aporte teórico das diversas áreas aqui tratadas a partir de seus elos
interdisciplinares. Entre os principais teóricos, estão Zaffaroni (2013), Gomes (2014), Chauí
(1995), Hartog (2013), Zizek (1996), Ferreira (2002). Ademais, para as análises das fontes,
foram utilizados os princípios da análise de discurso, fundamentada nos estudos de autores
como Orlandi (2003) e Foucault (1996). O trabalho está estruturado em três capítulos: o
primeiro dedicado ao delineamento dos projetos de identidades nacionais, seus contextos e suas
formas de continuidades; o segundo aborda as características, intenções e mecanismo de
aceitação da criminologia midiática; e o terceiro apresenta uma análise discursiva de recortes
do programa Brasil Urgente, enquanto exemplo da atuação da criminologia midiática. |
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