Influência das assimetrias musculares de membro inferior na performance do salto e no risco de lesão em atletas amadores de voleibol

Abstract

O vôlei é um esporte de modalidade coletiva que foi criado com o intuito de minimizar os riscos de lesões pelos praticantes, visto que não tem contato físico direto com os adversários. Por ser uma modalidade coletiva, é capaz de trazer muitos benefícios físicos, mentais e sociais, sendo a segunda mais praticada no Brasil. Atrelado a esses benefícios, indivíduos que praticam vôlei, apesar do contato físico com o adversário ser quase zero, estão expostos a eventuais riscos de lesões, principalmente por uso excessivo. Nesse sentido, este trabalho objetivou identificar a influência da assimetria muscular de membros inferiores na performance do salto e no risco de lesões em atletas amadores de voleibol. Utilizou-se um estudo do tipo transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido sob aprovação do comitê de ética e pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. O público-alvo consistiu em atletas de equipes amadoras de vôlei da cidade de Campina Grande-PB. A pesquisa aconteceu nos locais de treinos dessas equipes, onde foram entregues formulários para coleta dos dados sociodemográficos e aspectos relacionados à dor e lesão. Em seguida, foi realizada a avaliação física da força através da dinamometria, sendo utilizado o dinamômetro da Medeor MedTech e logo após, a avaliação do Squat Jump e do Counter Movement Jump através do tapete de contato. A amostra foi composta por 32 jogadores amadores de vôlei, com média de idade de 20,5 (± 12,7) anos. Sobre a força de quadríceps foi encontrada uma assimetria de 15 ± 11,1 kgf. Para os músculos isquiotibiais, a assimetria foi de 15 ± 11,2 kgf. A média de ambos os saltos entre os atletas foi de 40 cm. Foram observados valores negativos para relação I/Q, uma vez que apenas 28,12% do público está dentro dos valores considerados normais pela literatura. O estudo evidenciou que os atletas estão com um risco aumentado para lesões musculares em posteriores de coxa, mas não conseguiu estabelecer relações entre a assimetria e a performance de salto.