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Em face às mudanças climáticas, o aumento das temperaturas globais tem se tornado um desafio para sistemas agrícolas e ecológicos. No tropical semiárido nordestino do Brasil, onde agricultores dependem do cultivo do milho (Zea mays L.) para sua subsistência, as alterações climáticas impactam negativamente a produção e a qualidade do milho. Diante disso, este estudo trata-se de uma pesquisa in silico, que busca explorar os mecanismos moleculares subjacentes às respostas do pólen de milho, para elucidar as implicações ecofisiológicas da fertilidade do pólen em condições de estresse térmico. Para isso, utilizou-se dados RNA-Seq disponíveis no banco de dados públicos SRA do NCBI, que foram analisados por meio das plataformas online Galaxy, Degust e DAVID, para expressão diferencial, visualização gráfica e enriquecimento funcional, respectivamente. Os resultados revelaram que o pólen do milho induz alterações transcricionais para se adequar e se defender do estresse causado pelas altas temperaturas, consideravelmente fatores de transcrição influenciam fortemente modulações na expressão gênica. Não obstante, BAG6 e proteínas quinases revelaram-se fundamentais na resposta adaptativa ao estresse térmico, por outro lado, notavelmente, genes associados a funções específicas da antera foram reprimidos, indicando que o estresse térmico reduz a fertilidade do pólen. Em conclusão, as alterações climáticas afetam a viabilidade do pólen, impactando a dinâmica das interações planta-polinizadores. |
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