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As plantas são usadas em várias finalidades desde o início das civilizações, seja nas práticas de higiene, para alimentação, na fabricação de moradias, produção de utensílios domésticos, rituais religiosos e na medicina, podendo ser utilizadas na cura e prevenção de doenças, devido suas funções terapêuticas. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo resgatar o conhecimento e interação popular sobre a utilização das plantas medicinais na zona urbana e rural da cidade de João Dias – RN. A coleta de dados foi realizada através de questionários semiestruturados elaborados na plataforma virtual Google Forms e aplicados de forma aleatória nas comunidades de João Dias, Sítio Lagoa, Sítio Currais, Alto dos Paulos, Sítio Cabloco e Sítio Boa Vista. Foram entrevistadas 35 pessoas, com idade entre 18 e 55 anos, 34,3% dos entrevistados utilizam plantas medicinais frequentemente 62,9% afirmam que usam para curar alguma enfermidade. Foram citadas 12 espécies, pertencentes a oito famílias botânicas, sendo o Boldo (Plectranthus barbatus Andrews), Hortelã (Mentha crispa L.), Camomila (Chamomilla recutita (L.) Rauschert, Matricaria chamomilla L., Matricaria recutita L.), Malva (Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng, Alho (Allium sativum L.), e Macela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC) mencionadas com maior frequência. As folhas (94,3%) são a parte mais comumente utilizada das plantas medicinais, seguidas por raízes (54,3%), cascas (48,6%) e frutos e sementes (22,9%). Em relação as formas de uso, os chás foram citados com maior frequência (97,1%). Os resultados mostraram ainda que, na cidade de João Dias, estado do Rio Grande do Norte, o uso de plantas medicinais é transmitido de geração em geração, principalmente por mães e avós. |
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