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Introdução: Com o distanciamento social e a maior demanda de atividades remotas devido à pandemia da COVID-19, os universitários passaram a maior parte do tempo em suas residências, o que pode ter interferido na prática de atividades físicas. Objetivo: Analisar a prevalência da prática de atividade física e sua relação com características de universitários no período da pandemia da COVID-19. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal, através de formulário eletrônico, entre 22 de junho e 25 de agosto de 2020. Participaram indivíduos com idade entre 18 e 30 anos, de ambos os sexos, matriculados em cursos de graduação da Paraíba. O formulário apresentava questões para caracterização geral, bem como, o Questionário Internacional de Atividade Física - Versão Curta (IPAQ). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (protocolo: 32360720.4.0000.5208). Os dados foram expressos em número absoluto, porcentagem, média e/ou desvio-padrão. A análise estatística foi realizada através do software GraphPad Prism 8.4.2, considerando p<0,05. Resultados: Participaram 599 universitários com 22,3±3,0 anos e prevalência no sexo feminino (67%). A pontuação no IPAQ correspondeu a 2230,0±4488,0 MET-minutos/semana, sendo 49,4% dos universitários considerados moderadamente ativos e 31,4% minimamente ativos. Verificou-se frequência de 2,2±2,2 dias/semana para caminhada, 2,4±2,3 dias/semana para atividade moderada e 1,2±1,9 dias/semana para atividade vigorosa. Nos dias em que praticavam tais atividades, os universitários realizaram uma média de 44,4±94,6 min/dia de caminhada, 52,8±88,1 min/dia de atividade moderada e 32,2±74,4 min/dia de atividade vigorosa. Em termos de sedestação, verificou-se 7,5±4,3 horas em um dia de semana e 7,3±4,7 horas em um dia de fim de semana. O sexo biológico, a renda mensal, o diagnóstico e ansiedade ou depressão, e a prática de exercícios físicos regulares estavam relacionados à prática de atividade física. Além disso, o tempo de sedestação correlacionou-se com as aulas remotas, diagnóstico de ansiedade ou depressão e sedentarismo. Conclusão: A maioria dos universitários estudados praticava atividade física leve à moderada no período da pandemia. Tal prática correlacionou-se com características individuais como sexo, renda mensal, diagnóstico de ansiedade ou depressão, aulas remotas e a prática de exercícios físicos regulares, porém sem interferência da idade e semestre letivo. |
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