Resumo:
O artigo analisa a animação japonesa Dr. Stone (2019), criada por Riichiro Inagaki,
situando-a no contexto das narrativas apocalípticas contemporâneas. A obra se
destaca por oferecer uma perspectiva otimista sobre a reconstrução da civilização
após um cataclismo global, a qual a ciência e a colaboração são fundamentais para
superar desafios. O protagonista, Senku Ishigami, utiliza seu vasto conhecimento
científico para restaurar a sociedade, enfatizando a importância da educação e do
trabalho em equipe. O presente estudo tem como cerne as particularidades de Dr.
Stone que a diferenciam de outras obras distópicas, tais como, Akira e Neon
Genesis Evangelion, que tendem a focar na degradação e no desespero. Em vez
disso, a narrativa de Dr. Stone propõe um recomeço, onde a ciência é vista como
uma força de esperança e progresso. A abordagem metodológica é de natureza
qualitativa, todavia partimos da contextualização histórica da obra e utilizamos
Bardin (2011) e Kuhn (1996) para alicerçar o nosso percurso investigativo.
Buscamos discutir a relação entre ciência e sociedade por meio dos conflitos entre
os personagens, especialmente entre Senku e seu antagonista Tsukasa. A narrativa
também reflete questões atuais, como a luta contra a desinformação e a importância
das relações sociais. Por fim, Dr. Stone é apresentado como um veículo de reflexão
sobre a capacidade humana de adaptação e inovação em tempos de crise.
Descrição:
AMÂNCIO, José Davi de Souza. Da petrificação ao progresso: Dr. Stone e a esperança na ciência. 2024. 25f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2024.