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INTRODUÇÃO: Testes específicos e funcionais são utilizados na avaliação fisioterapêutica como uma estratégia para quantificar e analisar o estado clínico e funcional do paciente, bem como colaborar para um plano de tratamento mais assertivo e individualizado. No entanto, existem lacunas acerca da investigação do uso dessas ferramentas por fisioterapeutas que atuam nas áreas de terapia intensiva, fisioterapia cardiovascular e respiratória em âmbito nacional. OBJETIVOS: Investigar os aspectos relacionados ao uso de testes específicos e funcionais na prática clínica de fisioterapeutas que atuam em terapia intensiva, fisioterapia cardiovascular e respiratória, como também identificar os instrumentos mais utilizados, as principais barreiras e os facilitadores para a adesão dessas ferramentas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, de caráter observacional e de abordagem quantitativa, realizado por meio de um survey online, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (Parecer nº 6.026.114). O recrutamento dos participantes foi realizado por conveniência. Foram incluídos profissionais que atuam nas áreas de fisioterapia cardiovascular, respiratória ou terapia intensiva adulto e/ou pediátrica, independentemente de possuírem título de especialista ou residência/especialização concluída na área, e de estarem atuando em órgão privado, público ou filantrópico. RESULTADOS: Foram incluídos 122 fisioterapeutas, sendo a maioria do sexo feminino (82,8%), residente no Nordeste (51,6%). Os testes mais utilizados foram: o teste de sentar e levantar (63,11%); manovacuometria (57,37%) e dinamometria de preensão palmar (40,16%). O motivo para o não uso dos testes funcionais mais reportado entre os profissionais foi a falta de adesão/ colaboração da equipe (35,2%). Considerando os testes específicos, a necessidade de equipamentos e materiais que não estão disponíveis no serviço foram os fatores mais limitantes (39,3%). Identificou-se associações significativas entre o uso de testes funcionais e a área, o setor e o local de atuação (p = 0,01). Em relação aos testes específicos para musculatura periférica, foram encontradas associações significativas entre a frequência de uso desses testes com o público e a área de atuação (p < 0,05). Para os testes específicos para avaliação respiratória, foram identificadas associações significativas entre o uso e o setor, e tipo de serviço privado (p < 0,05) e a frequência de uso com o público de atendimento. CONCLUSÃO: Os fisioterapeutas atuantes nas áreas de terapia intensiva, fisioterapia cardiovascular e respiratória, utilizam testes específicos e funcionais em suas avaliações na prática clínica, sendo os testes mais utilizados os que requerem menos recurso e espaço físico, como o teste de sentar e levantar, a manovacuometria e a dinamometria de preensão palmar. Além disso, o uso/frequência dependem de aspectos relacionados à atuação do profissional. |
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