dc.description.abstract |
Esta pesquisa visa discutir as problemáticas sociais estruturais no conto “Aqueles Dois”, provindas de uma heteronormatividade compulsória que restringe a conduta da masculinidade das personagens. Que possui como intuito de serem debatidas as causas e consequências dessa problemática estrutural na sociedade heteronormativa que pune Raul e Saul por desviarem dos padrões estruturais estabelecidos, debater a sexualidade dos personagens para desmistificar a amizade dos dois, na qual contribuiu para perderem o emprego. Dando ênfase à representação dos personagens Raul e Saul em sociedade contemporânea, marcada por traços da Idade Moderna com proibições acerca do sexo e outras delimitações. Com a realização da pesquisa, foi possível identificar uma relação de afetividade envolvida de ternura, que rompeu as barreiras da amizade. No entanto, os protagonistas não sabiam verbalizar de uma forma que ficasse clara para ambos, o que estavam sentindo um pelo outro. Dessa forma, é apresentada formas de repreensão das identidades evidenciando como a heteronormatividade impõe a eles, fazendo com que aqueles sigam uma conduta considerada “normal”, porém algo que foge das necessidades básicas fisiológicas dos personagens, no que tange a preservação da sua identidade social. No entanto, as relações de poder impõem uma ideologia machista e opressora, a qual possui longevidade de ascensão. Tais relações de poder, muitas das vezes, são infiltradas de forma invasiva na vida dos indivíduos, controlando-os de maneira silenciosa. Esse tipo de controle contra o social, nega aos personagens não somente suas necessidades primitivas, além disso, tomam a liberdade de ser quem são promovendo assim adoecimento mental humano como consequência de uma desigualdade que subjuga desumanamente transformando-os em meros objetos de uma prática constante e deprimente, que se converte em opressão. Para tanto, foi aplicada uma pesquisa qualitativa à luz de teóricos como: Butler (2015), Candido (2006), Foucault (1988), Goffman (1980) e Louro (2000, 2009), dentre outros. |
pt_BR |