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Por muito tempo, o foco para o ensino e aprendizagem estava, predominantemente, nos
aspectos gramaticais, na leitura e na produção de textos escritos, conforme estabelecido em
Júnior (2016). Pesquisadores como Marcuschi (2001), Geraldi (1984), entre outros, passaram
a problematizar e a investigar aspectos linguísticos relacionados à oralidade. Assim, o referido
eixo ganha visibilidade e passa a ser considerado objeto de ensino. Diante disso, será que
apesar dos esforços no que tange à importância de um trabalho sistematizado com a oralidade
em sala de aula, visto que o desenvolvimento de tais habilidades são essenciais para as
práticas comunicativas em várias esferas da vida do indivíduo, são contempladas nas
atividades propostas pelos livros didáticos de Língua Portuguesa? Para respondermos esta
pergunta, o presente trabalho tem como objetivo geral investigar como a oralidade está
contemplada no livro didático de língua portuguesa do 9° ano do Ensino Fundamental (Anos
Finais). Teoricamente, a pesquisa ancora-se nos trabalhos desenvolvidos por Marcuschi
(2008), ao discutir a importância dos gêneros para o ensino de línguas; Schneuwly e Dolz
(2010), ao contemplar a escrita e a oralidade como componentes essenciais para uma
abordagem linguística, entre outros. Além disso, ancoramos nossa análise nos PCN e na
BNCC, respectivamente, documentos orientadores e normativos da educação nacional, (Brasil
1998; 2018), ao estabelecerem o status que a oralidade pode/deve ocupar nas aulas de Língua
Portuguesa. Metodologicamente, este estudo está situado no campo da Linguística Aplicada
(LA) com abordagem qualitativa, descritiva, documental e bibliográfica (Gil, 1999). Os
resultados apontam que as habilidades da BNCC vêm sendo contempladas nas atividades do
referido eixo, mas é crucial que o professor adapte-as pensando nos campos de atuação e nas
situações sociais que os alunos precisarão ter domínio. |
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