Resumo:
Este trabalho investiga as dificuldades dos falantes brasileiros na produção da vogal schwa (/ə/)
no inglês, analisando os impactos da língua materna (L1) na aquisição da língua estrangeira
(L2), conforme discutido por Selinker (1972) [e posteriormente por Flege (1995)] que
introduziu os conceitos de interlíngua e fossilização. Baseando-se em estudos sobre a Teoria
Acústica da Produção da Fala (Kent; Read, 2015 dentre outros), o estudo examina as
características acústicas da schwa, destacando sua neutralidade acústico-articulatória, entre as
produções do inglês-L1 e L2 em ambientes silábicas medial e final. Para a metodologia,
realizamos uma coleta de dados a partir de gravações de falantes brasileiros de inglês-L2 e de
nativos (inglês-L1) que foram analisadas acusticamente no software Praat no domínio dos dois
primeiros formantes (f1 e f2) e da duração. Em seguida, na análise estatística, realizamos uma
ANOVA de 2 fatores para comparar as médias entre o inglês-L1 e L2 em contexto silábico
medial e final. Os resultados apontaram diferenças significativas entre as produções, tais como:
i) maior duração (por influência do PB) e, ii) maiores valores de F2 (maior avanço mandibular
por esta categoria fonética não ocorrer no PB) da vogal schwa no inglês-L2. O estudo ainda
propõe estratégias pedagógicas que promovam maior inteligibilidade e fluência, considerando
as dificuldades fonéticas enfrentadas pelos aprendizes brasileiros.
Descrição:
BARBOSA, Eduardo Pereira. A produção da vogal Schwa /ə/ no Inglês por falantes brasileiros. 2024. 36f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Letras-Inglês) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2024.