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A contação de histórias é uma prática ancestral de grande relevância no desenvolvimento infantil, especialmente no que se refere à aquisição da linguagem. Desde tempos imemoriais, as narrativas desempenharam um papel crucial na transmissão de conhecimentos, valores e habilidades sociais. No contexto da Educação Infantil, essa prática se destaca como uma ferramenta pedagógica essencial para a ampliação do vocabulário e a construção da capacidade de expressão e compreensão verbal. Além disso, a contação de histórias contribui para a criação de um ambiente rico em estímulos sociais e afetivos, que promove interações significativas entre as crianças e seus pares, fortalecendo, assim, o desenvolvimento cognitivo e emocional. Dito isto, o presente trabalho tem como objetivo analisar como a prática da contação de histórias, fundamentada na teoria sociointeracionista de Vygotsky (1989/2001), pode promover o desenvolvimento das habilidades comunicativas das crianças na Educação Infantil. Para atingir tal objetivo, adotamos na metodologia uma abordagem qualitativa e bibliográfica, complementada por uma análise documental. Ademais, o estudo fundamenta-se nas contribuições teóricas de Lev Vygotsky e de outros autores, como Tahan (1957), Del Ré (2006), Busatto (2006), e Merege (2018), que discutem a importância das interações sociais e da contação de histórias para o desenvolvimento da linguagem na infância. A análise documental concentra-se na aplicação das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC, Brasil, 2018), — Educação Infantil — ponderando como as orientações contidas neste documento influenciam as práticas pedagógicas, por meio do campo de experiências, denominado "Escuta, fala, pensamento e imaginação", que visa incentivar o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Em síntese, a contação de histórias vai além do desenvolvimento linguístico, atuando como uma ferramenta que estimula a criatividade, a imaginação e a interação social. Através dessa prática, educadores contribuem para a formação de indivíduos mais críticos, criativos e conscientes, destacando a relevância da contação de histórias como um componente indispensável no processo educativo da primeira infância, fortalecendo os vínculos afetivos e preparando as crianças para uma inserção mais plena na vida social e acadêmica. |
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