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Transtornos mentais são prevalentes e incapacitantes, afetando aproximadamente 350 milhões de pessoas mundialmente. Nesse contexto, medicamentos psicotrópicos são amplamente utilizados para tratamento de tais condições e dentre os 20 subgrupos farmacológicos mais utilizados por usuários inseridos na atenção básica e nos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) encontram-se antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos e ansiolíticos. O presente estudo teve como objetivo avaliar prescrições de psicofármacos, para prevenir efeitos adversos, interações medicamentosas e uso inadequado evitando acarretar prejuízo ao tratamento e danos à saúde. Tratou-se de um estudo de caráter observacional, descritivo e de natureza qualiquantitativa, desenvolvido na farmácia do CAPS III - Reviver, em Campina Grande – PB, no período de outubro de 2023 a agosto de 2024. Os dados obtidos foram submetidos à análise pelo programa Satistic 7.0. Para avaliar interações medicamentosas e possíveis riscos à saúde foi utilizada a ferramenta online Drugs.com. Participaram do presente estudo 117 pacientes com predominância do gênero feminino, com 53,8%. Quanto à idade, 10,2% eram menores de 21 anos, 24,8% entre 21 e 35 anos e a maior parte de 35 a 60 anos, 53,8%. Os principais transtornos identificados foram de humor afetivo, como Mania, Depressão e Transtorno afetivo bipolar, deste total, 34 (62,96%) apresentaram outro tipo de transtorno psíquico associado. Quanto à farmacoterapia, 97,44% faziam uso de algum psicofármaco e dentre esse total, 88,89% eram polimedicados. No tocante às classes farmacológicas os depressores, seguidos de estimulantes foram os mais utilizados. Registrou-se o uso de haloperidol com prometazina em 24,78% das prescrições, sendo considerada associação benéfica, no entanto, o uso concomitante de dois benzodiazepínicos também foi prescrito. Este estudo possibilitou a identificação de erros na farmacoterapia e criou oportunidades para a implementação de intervenções que visaram otimizar a segurança e a eficácia do tratamento dos usuários assistidos pela rede de saúde mental do município. Através dessas ações, espera-se não apenas melhorar a adesão e o controle dos sintomas, mas também elevar a qualidade de vida dos pacientes que utilizavam psicofármacos, promovendo um atendimento mais seguro e eficaz. |
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