Resumo:
Os fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) apresentam um valor terapêutico
inestimável no cotidiano das pessoas ao produzirem efeitos como o alívio da dor ou febre e a
redução das crises epilépticas. O uso de substâncias de abuso pode representar um risco para a
saúde dos indivíduos pelo potencial de desenvolvimento de dependência .Objetivo: Através
desta pesquisa, objetivou-se estudar a utilização de neuropsicofármacos em pacientes
hospitalizados na Cidade de Campina Grande-PB Método: A pesquisa foi realizada através de
uma abordagem transversal e quantitativa em pacientes hospitalizados na FAP, foi constituído
por uma amostra de 226 pacientes que iniciou a internação nas diversas Clinicas que estavam
utilizando neuropsicofármacos, no período de execução da pesquisa. Não houve
discriminação de idade, gênero, raça ou condição social. Como instrumento de coleta de
dados, utilizou-se um formulário farmacoterapêutico especificamente elaborado para o estudo.
Resultados e Discussão: Dos 226 pacientes internados nas Clínicas: Maternidade, Cirúrgica,
Pediátrica e Oncológica, 69 % corresponderam ao gênero feminino e todos estavam utilizando
neuropsicofármacos. Os pacientes participantes da pesquisa ficaram internados em média por
6 dias. Na pediatria foram avaliados prontuários de 40 pacientes, porém apenas 2 utilizavam
neuropsicofármacos, correspondendo a 1% dos pacientes. O diagnóstico mais frequente de
internação na Clínica Oncológica e Medica foi a Síndrome Neoplásica correspondendo a
22,95% e 24% respectivamente, enquanto na Clínica Cirúrgica foi à Litíase biliar com 13,7%.
Na Maternidade 89,47% das pacientes foram submetidas a parto cesariana. Na pediatria os
dois pacientes que utilizaram neuropsicofármacos apresentaram diagnóstico de Pneumonia.
Dos neuropsicofármacos utilizados pelos pacientes Oncológicos o cloridrato de amitriptilina
aparece com 39% seguido do cloridrato de tramadol com 23%. A Clinica Médica e
Oncológica foram semelhantes. No entanto na Clínica Cirúrgica dos neuropsicofármacos
prescritos, a metoclopramida foi o mais utilizado com 36%, seguido pelo cloridrato de
morfina, cloridrato de tramadol e Midazolam. Dos 226 pacientes, 58% apresentaram no
mínimo uma possível Reação Adversa Medicamentosa (RAM). Desses 30% foram da Clínica
Oncológica e 26% da Clinica Cirúrgica, seguida pela Clinica Medica e Maternidade. A
Metoclopramida e Morfina foram responsáveis pela maioria das associações. Conclusão:
Deve-se atentar para uma avaliação adequada no momento da prescrição e dispensação de
medicamentos, pois suas associações podem causar reações adversos, sendo que os
neuropsicofármacos possuem uma grande importância na clínica pois essa classe de
medicamentos requer maior atenção em relação a administração, efeito farmacológico.
Sugere-se que o envolvimento de um farmacêutico clínico na equipe de atendimento pode
elevar a qualidade do serviço prestado, sem ingerências sobre as competências
multiprofissionais.
Descrição:
QUIRINO, T. F. Avaliação e estudo de neuropsicofármacos em pacientes hospitalizados. 2014. 53f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.