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No decorrer da história, o corpo humano era interpretado levando em consideração
valores, referências bem como conhecimentos de sua época correspondente. O corpo, que
na Antiguidade era um ícone de divina perfeição, atualmente tornou-se um objeto de
consumo, refletindo, assim, a relação entre o indivíduo e a sociedade a qual pertence.
Vivemos um momento de tensão entre o controle e a liberdade corporal. Quando
expandimos a discussão sobre a beleza, na seara de uma sociedade de consumo, não
podemos deixar de descartar o papel da indústria cultural nesse contexto. As dinâmicas de
poder, que super valorizam a beleza nas sociedades de consumo, atuam para além da
estética. Neste sentido, o objetivo da presente pesquisa é discutir e problematizar sobre o
intolerável peso da perfeição imposto pela sociedade capitalista, por meio da indústria da
beleza, enquanto ferramenta de controle dos corpos. A metodologia usada nesta pesquisa,
é a autobiografia, que traz relatos pessoais da autora da sua relação com o corpo e a
obesidade, se fundamenta em autores tais como Brandini (2007), Cintra & Pereira (2010),
Vilhena & Novaes (2008), Novaes (2013), dentre outros. A pesquisa evidencia que a
indústria da beleza obtém seu lucro quando explora as inseguranças e os medos dos
sujeitos, que são reverberadas por todos os níveis publicitários, uma vez que os indivíduos
desejam se enquadrar nessa estética corporal padronizada desencadeando, assim,
diversificadas questões. No entanto, quando não se enquadram, desenvolvem
enfermidades tanto físicas quanto psicológicas. |
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