Resumo:
Este estudo explora a presença e contribuição do negro na cultura brasileira, concentrando-se no Teatro Experimental do Negro (TEN) e no Afrofuturismo, destacando a ambiguidade da história dos negros no Brasil e enfatizando a importância de reconhecer sua influência na identidade nacional. Ao longo do trabalho, o TEN e o movimento afrofuturista emergem como elementos cruciais na formação da identidade cultural negra e na resistência ao racismo. Logo, através da análise comparativa das peças O Imperador Jones e Antimemórias de uma Travessia Interrompida é revelada a evolução dessas iniciativas. Como metodologia adotada se tem o método comparativo e o uso do conceito de cartografia social, no qual examina-se as similitudes e discrepâncias nas produções teatrais, assim como as dinâmicas sociais presentes nos textos, compreendendo como os processos comunicacionais redirecionam as trajetórias socioespaciais no Brasil. A hipótese central do trabalho conecta o TEN como condição para o surgimento do movimento afrofuturista no Brasil, promovendo políticas antirracistas por meio de processos comunicacionais, revelando por fim o papel crucial do TEN no debate sobre o racismo e nas políticas de combate no início do século XX, sendo essa instituição identificada como condição para o surgimento do movimento afrofuturista no Brasil na década de 2010, ampliando significativamente o diálogo sobre o racismo. Logo, para enriquecer nosso embasamento teórico, consultamos diversos autores-chave em cada seção do trabalho. Portanto, destacamos a contribuição de Djamila Ribeiro e Linda Alcoff para a reflexão sobre o conceito de lugar de fala, a análise de Mark Dery no contexto do Afrofuturismo e a perspectiva de Stuart Hall sobre a identidade negra.
Descrição:
SANTOS, D. A. Diálogos entre o Teatro Experimental do Negro e o Afrofuturismo nas interfaces da arte e política. 2024. 94 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.