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As culturas de vigilância são estratégias eficientes de prevenção e controle na disseminação de
microrganismos multirresistentes (MMR) e fungos em um ambiente hospitalar, viabilizando a
detecção precoce de patógenos comensais para o manejo correto dos profissionais colonizados,
bem como as medidas de segurança que devem ser tomadas para que esses profissionais não
acarretem riscos aos pacientes que encontram-se internados, além de alertar para a percepção
das tendências de resistência das bactérias que circulam naquele ambiente frente aos
antimicrobianos. O objetivo deste estudo foi colaborar com a minimização de casos de
colonização nasal causadas por microrganismos de caráter patogênico com base em testagem
laboratorial de amostras de vigilância epidemiológica obtidas de profissionais de saúde que
exercem suas funções na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal de uma maternidade
pública em Campina Grande –PB. No período de agosto a novembro de 223, swabs nasais de
42 profissionais de saúde foram submetidos à cultura bacteriana e fúngica no laboratório de
microbiologia da Universidade Estadual da Paraíba. O material coletado foi processado em
meios de culturas adequados, incubado e analisado após o crescimento bacteriano. Foram
realizadas pesquisas de enzimas de resistência, utilizando métodos fenotípicos de detecção. Dos
profissionais estudados, 97% eram do gênero feminino. A ocupação majoritária foi de
enfermeiros, perfazendo 35% do total. Foram isolados 53 microrganismos, onde, 68% (n=40)
correspondeu a bactérias Gram positivas, 19% (n=7) a bactérias Gram negativas e 11% a
leveduras do gênero Candida. Constatou-se um alto perfil de resistência das bactérias Gram
negativas em relação às cefalosporinas de 1ª, 2ª e 3ª, além disso, os antibióticos ciprofloxacino,
cloranfenicol e meropeném demonstraram ótimo perfil de sensibilidade, perfazendo um total
de 100% (n=7). Para a bactéria Staphylococcus aureus, os antibióticos: cloranfenicol,
linezolida, teicoplanina e vancomicina apresentaram 100% (n=13) de sensibilidade. Desse
modo, conclui-se que, no hospital estudado, o antibiótico testado que apresentou menor perfil
de resistência geral foi o ciprofloxacino (10%), além de cloranfenicol (10%) e carbapenêmicos
(20%). |
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