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A população idosa vem aumentando cada vez mais. Com isso, o processo de envelhecimento, marcado por alterações fisiológicas caracterizadas pelo declínio nas funções dos músculos esqueléticos e respiratórios, encontra-se ainda mais presente na atualidade. Essas alterações sofrem influência direta de fatores externos, como os hábitos de vida, a exemplo da atividade física, e de patologias, como a COVID-19, que impactam diretamente o processo de senescência. Com isso, o objetivo do presente estudo é investigar a influência da COVID-19 na Capacidade Funcional (CF) e no Pico de Fluxo Expiratório (PFE) em pessoas idosas ativas. Trata-se de um estudo observacional, transversal e quantitativo com idosos do projeto “Viva a velhice com plenitude”, do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual da Paraíba (DEF/UEPB-CG). Foi realizada a avaliação da CF, através da bateria de testes da AAHPERD e do Teste do Degrau de 6 minutos, e a avaliação do PFE. Foram avaliados 22 idosos, com média de idade de 73,4 ± 7,45 anos, e predominância do sexo feminino. Destes, 12 idosos não relataram infecção prévia por SARS-CoV-2, enquanto que 10 indicaram ter apresentado a doença. Além disso, 2 idosos indicaram internação pela COVID-19, com média de 23,5 ± 16,3 dias de internação. Os achados da pesquisa indicaram um declínio da CF através dos testes da AAHPERD, com predominância de desempenho considerado fraco ou muito fraco, além de nenhum resultado classificado como bom para idosos que apresentaram infecção prévia pelo SARS-CoV-2. No teste do degrau, essa redução da aptidão funcional também foi encontrada, com média de repetições igual a 78,6 ± 26,8 e aumento na percepção de esforço quanto à dispneia e à fadiga, através da escala de Borg. Os resultados obtidos na avaliação do PFE mostram redução dessa variável, especialmente na faixa etária de 80-85 anos, a qual é composta em sua maioria por idosos com histórico de Covid-19, apresentando média de 78,6 ± 26,8 l/min. Conclui-se que a relação entre envelhecimento e COVID-19 demonstra impactar a função pulmonar e a capacidade funcional de idosos. Por fim, a pesquisa mostra a importância da atividade física e da avaliação do PFE para esta população, visando conhecer, recuperar e prevenir maiores declínio das funções dos músculos esqueléticas e respiratórias, bem como proporcionar melhor qualidade de vida e autonomia para os idosos. |
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