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Introdução: As pessoas idosas, de acordo com a lei n°10.741, são definidas como
indivíduos de idade igual ou superior a 60 anos. A desregulação da função imune
relacionada à idade agrava-se, podendo acelerar o risco de envelhecimento biológico.
Assim, a função respiratória ao longo do tempo, devido ao processo de
envelhecimento, passa por alterações, como a imunossenescência, em consequência
dessas mudanças, os idosos se mostram mais suscetíveis à COVID-19, doença
sistêmica que causa sintomas respiratórios leves até graves. Diante do exposto,
observa-se que o tabagismo aparece como um agravante, uma vez que fumantes
apresentam maior predisposição a doenças pulmonares, influenciando a redução da
capacidade respiratória e enfrentando complicações cardiovasculares. Diante do
exposto, o objetivo do estudo é investigar a relação entre a força muscular respiratória
em pessoas idosas ativas, fumantes e ex fumantes com histórico de COVID-19.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e quantitativo que foi
realizado com idosos do projeto “Viva a velhice com plenitude” do departamento de
Educação Física da Universidade Estadual da Paraíba (DEF/UEPB-CG). Os
participantes responderam a ficha sociodemográfica, e foram avaliados quanto a força
muscular respiratória por meio da manovacuometria. Resultados: A amostra foi
composta por 39 idosos ativos, com média de idade de 72,7 anos e predominância do
sexo feminino, 14 relataram infecção prévia pelo vírus SARS-CoV-2. Em relação ao
tabagismo, 18 eram ex-fumantes, 2 eram fumantes ativos e 19 relataram nunca terem
fumado. Os achados da pesquisa indicam uma redução significativa da força muscular
inspiratória e expiratória, especialmente na faixa etária de 70 a 79 anos com
predominância de mulheres na amostra e uma alta prevalência de ex-fumantes com
PEmáx de 49,6 ± 22,68 cmH₂O e para PImáx a média encontrada foi de 48,3 ± 19,68
cmH₂O. Conclusão: Os achados demonstram que, embora haja um predomínio
maior de mulheres em relação aos homens, em ambos os sexos foi observado uma
redução de PImáx e de PEmáx, quando associados ao agravo de serem fumantes
esse declínio apresenta-se mais intenso e com mais comprometimento para aqueles
que relataram infecção por COVID-19, portanto, viu-se que há uma necessidade de
implementação de atividades que trabalhem a força muscular dos idosos que fazem
parte do projeto “Viva a velhice em plenitude”, bem como da necessidade de avaliar
a força muscular respiratória de idosos, mesmo sendo eles praticantes de atividades
física. |
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