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Os anos 1980 foram marcados por uma intensa crise econômica e níveis de inflação tão altos que conferiram ao período a alcunha de "a década perdida" na América Latina. O que se viu em seguida foram tentativas de estabilizar a crise, muitas delas foram a restrição nos investimentos das empresas estatais brasileiras, e por extensão, (especialmente na década seguinte) a massiva privatização dessas empresas que representavam o monopólio estatal nos setores de mineração, energia elétrica, navegação, petroquímicos etc. Uma das estatais que enfrentou esse problema foi a Telecomunicações Brasileiras S.A. (TELEBRÁS), que foi transferida para a iniciativa privada juntamente com todas as operadoras estaduais que faziam parte do sistema. Foi o caso da operadora de telefonia fixa no estado da Paraíba, denominada Telecomunicações da Paraíba S.A. (TELPA), uma estatal que apresentava um grande alcance e adesão do serviço telefônico, investindo continuamente em absorção de novas tecnologias e cumprindo uma significativa função social na região em que atuava antes de ser privatizada. O presente trabalho é uma abordagem qualitativa da história recente, e se propõe a investigar a privatização de empresas públicas na Paraíba partindo do caso da Telpa, constatando que a privatização da estatal em questão não corresponde ao discurso levantado pelas lideranças políticas, de que empresas públicas constituíam um prejuízo ao Estado, quando na verdade a Telpa apresentava impressionantes resultados e cumpria uma importante função social na região de atuação, que após privatizada, teve seu fator humano negligenciado em detrimento da lucratividade. |
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