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Este trabalho tem como principal objetivo discutir a questão regional nordestina sobre as masculinidades, especificamente, ressaltando o conjunto de características que construiu por muito tempo o homem nordestino, e seu surgimento. Utilizaremos uma abordagem qualitativa explicativa que concilia ambas as pautas — masculinidade e o regionalismo — através do romance Fogo Morto de José Lins do Rego, publicado em 1943, uma obra regionalista que mostra a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar no nordeste, assim como, o declínio psicológico-social dos personagens principais: José Amaro, Lula de Holanda e o Capitão Vitorino. Esse estudo inova na sua perspectiva de explorar a obra, pois se distancia da temática geral do romance (a decadência do “engenho Santa Fé” na Várzea do Paraíba, atual estado da Paraíba) focando na análise das características que constroem a masculinidade do personagem Lula de Holanda. Logo, fundamentado pela obra de José Lins Rego. Buscaremos observar os aspectos da masculinidade num estudo de Benno Keijzer (2003), adiante, uma introdução dos elementos que constrói o homem sertanejo nordestino por Euclides da Cunha (1902) com o auxílio da publicação de por Durval Muniz (1999) na aparição do nordestino na literatura de cordel.Em suma, essa pesquisa acentua que os resultados encontrados é traçado entre características masculinas tradicionais que estereotipa o homem nordestino (força, coragem, determinação, violência, machismo, patriarcado), noutra perspectiva, enxergamos novos elementos compositores da masculinidade por meio da análise de Lula de Holanda, sobretudo, características contraditórias da visão difundida do sertanejo, uma vez que este explicita elementos passivos de masculinidade, aliás, rompe inteiramente com o sistema de homência sertaneja. |
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