Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a aplicabilidade da musicoterapia no contexto da
esquizofrenia. Dessa forma, especificamente, faz-se necessário elencar os fatores cerebrais que estão
intrincados no transtorno mental da esquizofrenia, relacionar os mecanismos cerebrais da esquizofrenia
e a musicoterapia e, por último, identificar os benefícios e as limitações da musicoterapia para o
tratamento de esquizofrênicos. Sendo assim, o artigo é uma revisão integrativa de literatura que usa
como base de dados o MEDLINE, LILACS, PUBMED e a Revista Europub Journal of Health
Research, com a seleção de palavras-chave como “esquizofrenia”, “música”, “musicoterapia” e
“tratamento”. Deste modo, gerando artigos que passaram por triagem para seleção final minuciosa e
direcionada para o escopo do estudo, sendo selecionados cinco artigos para compor a pesquisa. Por
meio da pesquisa bibliográfica, foi possível observar que os estudos com uso da neuroimagem
destacaram os efeitos da musicoterapia nas estruturas encefálicas, demonstrando aumento do pré-cúneo,
áreas frontais mediais e córtex auditivo, reforço na ativação do giro angular e modulações dos sistemas
neurais, como o aumento da rede de conectividade funcional insular. Dessa maneira, tais achados
reiteram o que consta na literatura quanto à função musical no encéfalo e o papel da música na
plasticidade cerebral. Portanto, sinteticamente, a musicoterapia surge como uma opção terapêutica que
associa mecanismos como melodias, instrumentos e composição musical às vivências específicas do
indivíduo de modo a promover a melhoria do quadro clínico do paciente trazendo benefícios na
capacidade motora, cognitiva e psíquica, além de favorecer as memórias de curto e longo prazo. Essas
memórias trazem ao paciente questões como identidade, autoestima, convívio familiar e emoções. Desta
maneira, esse estudo servirá para trazer mais conhecimento acerca do assunto e uma maior disseminação
dessa prática na comunidade acadêmica ao apresentar, de maneira eficaz, as possibilidades de
recuperação das habilidades e o desenvolvimento das potencialidades do indivíduo, pois a
musicoterapia possibilita o fortalecimento do autoconhecimento e da socialização, o que acaba gerando
e estimulando uma qualidade de vida melhor por meio dessa integração intra e interpessoal.
Descrição:
LIRA, Victória Maria Dutra. A arte em sua forma de expressão e libertação: a musicoterapia como artifício terapêutico para o tratamento de pessoas com esquizofrenia. 2024. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.