A implementação do Novo Ensino Médio sob a perspectiva da disciplina de História: desafios e percepções

Abstract

O Novo Ensino Médio, instituído pela lei 13.415/2017, promoveu grande reforma na educação brasileira, com o objetivo de flexibilizar o currículo e torná-lo mais relevante para as necessidades dos estudantes e do mercado de trabalho. No ensino de História, as mudanças são expressivas, pois a disciplina deixa de ser obrigatória durante todo o ensino médio, sendo integrada às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas - CHSA. Neste trabalho irei descrever as principais mudanças que afetam diretamente o ensino de História, o impacto que causam nas vivências educacionais e como a elaboração de ensino por competências e habilidades negligencia a diversidade brasileira, interferindo na formação dos alunos, além da excessiva demanda para os professores sem devida adaptação ao modelo de ensino proposto. Partindo de uma análise qualitativa, utilizaremos uma revisão bibliográfica, extraindo os principais impactos e desafios diante o novo ensino, com suporte teórico-metodológico de diversos autores, como Moehlecke (2012) recapitulando as principais reformas do ensino médio no Brasil, Azevedo; Castro (2022) que propõe observar acerca do impacto negativo no ensino de História, e Hernandes (2019) que incita a reflexão da ampliação da desigualdade social após a reforma. As propostas incorporadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), compõe diretrizes que garantem direitos e objetivos para a etapa final da educação básica, entretanto, após homologação, permanece em meio a duras críticas por não adequar a realidade do país, fortalecendo disparidades na sociedade.