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Objetivo: Identificar os fatores associados à autopercepção de saúde bucal negativa entre brasileiros com diabetes. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A amostra foi composta por 88.531 brasileiros com 18 anos ou mais. O desfecho foi mensurado pela questão: "Em geral, como você avalia sua saúde bucal (dentes e gengivas)?". Foram analisadas características sociodemográficas, hábitos de saúde bucal e estilos de vida. Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta para estimar as razões de prevalência, bem como seus intervalos de confiança de 95%. Resultados: A prevalência de autopercepção de saúde bucal negativa entre brasileiros com diabetes foi de 36,99% (IC95%:34,87%-39,11%). Estiveram associados a esse desfecho o sexo masculino (RP:1,17; IC95%:1,05–1,30), cor não branca (RP:1,17;IC95%:1,02–1,35), rendimento domiciliar per capita de até meio salário-mínimo (RP:1,57;IC95%:1,11–2,22) ou de meio a um salário-mínimo (RP:1,36;IC95%:1,02–1,81), ingestão abusiva de álcool (RP:1,26;IC95%:1,05–1,53) e ter outra doença crônica não transmissível (RP:1,34;IC95%:1,14–1,58). Escovação dos dentes pelo menos duas vezes ao dia (RP:0,74;IC95%:0,67–0,81), o uso de escova, pasta e fio dental (RP:0,76;IC95%:0,66–0,86), consulta odontológica nos últimos 12 meses (RP:0,85;IC95%:0,75–0,96) e a prática regular de atividades físicas (RP:0,82; IC95%:0,70–0,95) estiveram associados a uma menor prevalência desse desfecho. Conclusão: Um terço dos brasileiros com diabetes percebe sua saúde bucal de forma negativa. Fatores socioeconômicos, consumo excessivo de álcool e presença de outras doenças crônicas contribuem para isso. Manter hábitos de higiene bucal, consultar o dentista regularmente e praticar atividades físicas podem ajudar a melhorar essa percepção. |
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