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Introdução: Diante do envelhecimento populacional e do aumento da expectativa de vida, a incidência de doenças crônicas está cada vez maior. A multidisciplinaridade do tratamento desse grupo de pacientes é uma realidade e o cirurgião dentista está incluído nessa abordagem. Objetivo: Avaliar o conhecimento de discentes de Odontologia, das Instituições de Ensino Superior de Campina Grande - PB, acerca do tratamento cirúrgico odontológico de pacientes com doenças crônicas: coagulopatias, insuficiência renal crônica e transtornos de imunidade. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo seccional, descritivo-analítico e quantitativo, através da aplicação de questionários, no qual foram calculados prevalência absoluta e relativa, bem como foi realizado o Teste de Qui-quadrado de Pearson em todas as variáveis qualitativas, sendo apresentados por meio de tabelas. Participaram da pesquisa 319 discentes que se encaixaram nos critérios de inclusão, responderam adequadamente o questionário e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, a amostra final compreendeu 319 participantes. A maior parte da amostra é do sexo feminino (70%), está na faixa etária de 18 a 24 anos (61,75%), cursa o 9° período (24,13%) e está matriculada em instituições privadas (78,1%). Estudantes de instituições privadas relataram com maior frequência a realização de aulas sobre atendimento cirúrgico de pacientes com coagulopatias, insuficiência renal e transtornos de imunidade (47,8%; p<0,05). Além disso, sentiram-se mais seguros para realizar procedimentos em pacientes com essas condições (28,5%; p<0,05), tiveram maior disponibilidade de kits de primeiros socorros nas clínicas (72,7%; p<0,05) e uma maior oferta de cursos de primeiros socorros (67,9%; p<0,05). Ao avaliar o conhecimento dos estudantes sobre o índice INR, uso de anestésicos em pacientes com insuficiência renal, medicação para controle de inflamação em pacientes com insuficiência renal e horários de atendimento de pacientes em hemodiálise, os estudantes de instituições privadas demonstraram melhor desempenho (respectivamente, 6,4%, 59,8%, 20,1% e 22,9%; p<0,05). No entanto, em relação à avaliação pré-operatória de pacientes portadores de coagulopatias e às manifestações orais associadas ao HIV, os estudantes de instituições públicas apresentaram maior probabilidade de acertos (respectivamente, 72,9% e 64,3%; p<0,05). Conclusão: O atendimento de pacientes com doenças crônicas por estudantes de graduação ainda é um desafio. Foi observado que há diferença no conhecimento dos alunos da rede pública e privada e que o nível de autoconfiança entre os discentes é baixo, além da necessidade de realizar capacitação a respeito das temáticas abordadas. |
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