O cinema soviético como propaganda: a obra de Eisenstein dos anos 1920

Abstract

O presente trabalho ressalta o cinema como uma ferramenta eficiente de propaganda e como uma ferramenta historiográfica rica em contextos e significados. Diante disso, apresentam-se as contribuições teóricas de um dos maiores diretores dos anos 1920: Sergei Eisenstein. Utiliza-se de uma abordagem qualitativa e dedutiva para apontar os métodos de montagem criados por Eisenstein e analisar sua contribuição para o desenvolvimento da arte, além de introduzir definições de propaganda e posteriormente analisar seus três primeiros longa-metragens - A Greve (1924), O Encouraçado Potemkin (1925) e Outubro (1927) -, tanto do ponto de vista artístico quanto do ponto de vista narrativo. Analisando textos do diretor e os filmes escolhidos, constata-se que seu trabalho não apenas difundiu a propaganda estatal, mas também revolucionou a linguagem do cinema, influenciando gerações de cineastas. Pode-se afirmar que Eisenstein sintetizou arte e política ao criar obras que trouxeram uma inovação estética, ao mesmo tempo em que reforçou o papel do cinema como ferramenta pedagógica e de mobilização social.