Resumo:
A Doença Inflamatória Pélvica representa uma preocupação significativa de saúde pública na medida em que sua prevalência é predominante em mulheres jovens com idade reprodutiva. Caracterizada pela infecção polimicrobiana do trato genital superior, pode levar a complicações como gravidez ectópica, infertilidade, dor crônica, abscesso tubo-ovariano, impactos psicossociais significativos, entre outros. A DIP requer um diagnóstico precoce, fazendo-se necessário uma maior atenção e rastreio nos serviços de saúde para identificar mulheres em risco, visto que, também há prevalência em sua forma subclínica, assintomática ou
oligossintomática, dificultando o processo do diagnóstico e subestimando a doença e seus efeitos. Objetivo: Identificar na literatura quais estratégias são utilizadas para o enfrentamento da Doença Inflamatória Pélvica em mulheres jovens. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura dos últimos cinco anos. As bases de dados utilizadas foram Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), via PubMed, a Biblioteca Virtual em Saúde, Revista Eletrônica Acervo Saúde e Brazilian Journal of Health Review. Foram considerados estudos em português, inglês e espanhol. Incluíram-se estudos que
abordassem estratégias para o enfrentamento da Doença Inflamatória Pélvica em mulheres jovens, enquanto artigos pagos e editoriais foram excluídos. A pesquisa foi realizada entre abril e junho de 2024, resultando em 14 artigos. Resultados e Discussões: Dos catorze artigos que participaram de uma análise minuciosa, compreende-se que métodos para o combate à DIP envolvem principalmente a adesão da comunidade para que se obtenha resultados satisfatórios, assim como, a educação em saúde é primordial para evitar complicações. Além disso, a doença e seus fatores adversos envolvem estigmas que dificultam a aceitação do diagnóstico pelas usuárias das unidades e suas respectivas redes de apoio (família, parceiros e outros) trazendo impactos psicossociais significativos, influenciando diretamente o bem-estar das mulheres já
abalado pela própria sintomatologia da enfermidade. Considerações Finais: Destaca-se que as estratégias para o enfrentamento da DIP em mulheres jovens incluem o rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis, promoção da saúde e educação pela enfermagem, diagnóstico precoce com antibioticoterapia de amplo espectro, assistência individualizada envolvendo as parcerias sexuais e oferecer suporte multiprofissional.
Descrição:
VIEIRA, Bruna Renally Moura da Costa. Estratégias para o enfrentamento da Doença Inflamatória Pélvica em mulheres jovens - uma revisão da literatura. 2024. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.