Pastas antibióticas utilizadas no tratamento endodôntico de dentes decíduos: uma revisão de escopo

Abstract

Objetivou-se mapear as evidências disponíveis em revisões sistemáticas sobre as diferentes pastas antibióticas utilizadas no tratamento endodôntico de dentes decíduos. Esta revisão de escopo foi conduzida seguindo as diretrizes do Instituto Joanna Briggs e foram incluídas revisões sistemáticas publicadas até 2023, sem restrição de idioma. A busca abrangeu as bases de dados MEDLINE (via PubMed), Embase, Web of Science, Scopus, Cochrane, além de fontes de literatura cinzenta como Open Access Theses and Dissertations, MedNar e Google Scholar. Para cada fonte, foi elaborada uma chave de busca com base em revisão prévia da literatura, descritores controlados e sinônimos. Três revisores independentes realizaram a triagem dos artigos utilizando a plataforma online Rayyan©, e a extração de dados foi feita por meio de um formulário padronizado. Dos 2.813 artigos identificados, 17 atenderam aos critérios de elegibilidade. Dentre esses, sete estudos compararam pastas em pulpotomias, cinco em pulpectomias, três abordaram ambos os procedimentos, um teve como foco o tratamento Lesion Sterilization Tissue Repair (LSTR) e um comparou pulpectomia e LSTR. As principais pastas estudadas foram Hidróxido de Cálcio (9 estudos), Formocresol (9 estudos), Hidróxido de Cálcio + Iodofórmio (7 estudos), Sulfato Férrico (7 estudos) e Óxido de Zinco + Eugenol (ZOE) (7 estudos). Não há uma concordância sobre qual pasta antibiótica deve ser referência no tratamento endodôntico de dentes decíduos, pois os diferentes materiais disponíveis possuem características variadas. No entanto, estudos demonstraram que o MTA se destacou por apresentar maior êxito clínico e radiográfico em pulpotomias, enquanto o ZOE mostrou melhores resultados quando utilizado em pulpectomias.