A amizade como espaço de resistência: a construção da identidade feminina vitoriana em "Cranford", de Elizabeth Gaskell

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo analisar a identidade feminina na literatura vitoriana, com foco na obra Cranford, de Elizabeth Gaskell. O principal intuito é demonstrar como a tradição e a inovação, pelo fato das inovações que surgiram na vila estava entrando em conflito com as normas e tradições, juntamente com a importância da amizade entre as mulheres na comunidade descrita na obra, facilitam a adaptação às mudanças da época. Para isso, o estudo adota uma abordagem qualitativa e exploratória, de natureza básica, e utiliza procedimentos bibliográficos para sua construção. A análise baseia-se em importantes estudos literários que abordam temas como a independência feminina, suas lutas e a condição da mulher na sociedade. Lopes (1986) contribui com uma visão sobre a representação da mulher na Era Vitoriana, enquanto Verona (2023) discute a escrita feminina como uma rede de apoio, destacando o papel da amizade. Nesse mesmo contexto, Rosenberg (1975) analisa a verdadeira amizade entre mulheres na sociedade vitoriana, e Monteiro (1996) investiga a construção simbólica da figura feminina. Para o entendimento das questões sociais, recorre-se a Candido (2006), e, no campo da literatura inglesa, destaca-se Burgess (2002), que trata da relação entre literatura e sociedade na Inglaterra. Este estudo tem o intuito de contribuir para uma reflexão sobre as questões e normas da época; e como a literatura reflete as mudanças sociais, contribuindo também para discussões contemporâneas para formação de identidades. Portanto o interesse por esse trabalho se deu para tentar compreender o comportamento da mulher na Era Vitoriana, contribuindo para os estudos literários da língua inglesa.

Palavras-chave: Era vitoriana. Identidade feminina. Amizade. Independência. Tradição e inovação.