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O composto sintético JR19 é um derivado da classe das N-acilhidrazonas, que
apresenta diversas atividades farmacológicas já relatadas na literatura, como ações
anti-inflamatória, imunomoduladora, antiviral e antitumoral. Este trabalho teve como
objetivo principal a avaliação da toxicidade de dose repetida do composto JR19 e a
sua atividade em modelo experimental de colite aguda induzida por TNBS. A avaliação
toxicológica foi conduzida por meio de um estudo experimental com camundongos da
linhagem Swiss, machos e fêmeas, os quais foram submetidos à administração via
oral diária do composto nas doses de 10 mg/kg e 20 mg/kg, durante um período de
28 dias consecutivos, seguindo as diretrizes da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OECD). Durante o protocolo de toxicidade, foram
observados parâmetros comportamentais diariamente e monitoramento semanal da
massa corporal dos animais. Ao final do tratamento, foi feita eutanásia e coleta de
sangue para análise hematológica e bioquímica, além da remoção e análise
macroscópica dos órgãos (fígado, rins, baço, coração e estômago). Para modelo de
colite aguda, ratos Wistar, foram divididos em 6 grupos (n=10), a colite foi induzida por
administração retal de TNBS, os animais foram tratados com salina, prednisolona ou
JR19 (10 ou 20 mg/kg) antes e após a indução. Após 48 horas, os animais foram
eutanasiados, e o cólon retirado e analisado quanto à área de lesão, escore
macroscópico e parâmetros inflamatórios. Os protocolos experimentais foram
aprovados pela CEUA/UEPB, sob número 033/2023. Os resultados obtidos no modelo
de toxicidade demonstraram ausência de alterações estatisticamente significativas
nos parâmetros avaliados entre os grupos tratados com JR19 e o grupo controle. No
modelo experimental de colite aguda induzida por TNBS, o JR19 apresentou potencial
efeito anti-inflamatório ao reduzir significativamente os danos aos tecidos. Os grupos
tratados com JR19 diminuíram as lesões em 94,27 % e 92,2 % e o peso do cólon para
127,7 mg/cm e 125,5 mg/cm, para as doses de 10 e 20 mg/kg respectivamente,
indicando seu possível uso como agente terapêutico em doenças inflamatórias
intestinais. Esses achados reforçam o perfil de segurança do composto e sustentam
sua viabilidade para investigações adicionais, podendo contribuir com o
desenvolvimento de novos candidatos a fármacos. Tais evidências são relevantes
para a continuidade dos estudos com o JR-19, considerando sua promissora atividade
biológica e a necessidade contínua de novas alternativas terapêuticas no cenário
farmacológico atual. |
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