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O presente artigo objetiva refletir sobre o ingresso e a permanência dos sujeitos da Educação
de Jovens e Adultos (EJA) nos processos educativos desenvolvidos junto a esta modalidade
de ensino. Problematiza a relação entre o perfil dos educandos e as dificuldades que
enfrentam ao retomarem seus estudos. No conjunto das discussões, aborda as concepções de
“evasão” escolar contrapondo-se à visão deste conceito como “fracasso escolar”. Discute os
princípios norteadores da EJA, pautando-se nos parâmetros legais que asseguram as Diretrizes
Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos, assim como nos teóricos que tem se
dedicado ao estudo das questões relativas aos fenômenos estudados. Para atingir os objetivos
pretendidos, fizemos uso da abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando da observação e da
entrevista semi-estruturada para a coleta de dados. Nosso universo de pesquisa abarcou duas
escolas da rede pública dos municípios de Alagoa Grande e Guarabira, ambas no Agreste
paraibano e que atendem a modalidade. Tais dados, articulados às leituras teóricas
constituíram as bases deste estudo. Os resultados apontam para a constatação de que, sem
empenho, valorização e compromisso por parte de todos os que fazem a EJA, a permanência
dos alunos nas salas de aula torna-se, cada vez mais, um desafio. Evidenciamos através da
pesquisa de campo que, o abandono do educando da EJA possui uma série de fatores, que
embora conhecidos pela escola, seus agentes e programas têm sido negligenciados e pouco
considerados no que se refere à oferta e à promoção de políticas públicas destinadas a este
público. Afirmamos, a partir desse estudo, que a Educação ao longo da vida precisa deixar de
ser um conceito teórico e assumir dimensões reais e práticas para que, os elevados índices de
analfabetismo adulto e de evasão escolar que ainda persistem em nosso país possam ser
superados. |
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