Resumo:
Receptores farmacológicos são proteínas que funcionam como elementos de
percepção do sistema de comunicação química que coordenam a função de todas as diferentes células do corpo. Os receptores têm sido determinantes para que os farmacologistas busquem explicar a natureza da interação dos fármacos com os organismos vivos. Dessa forma, chegou-se a várias conclusões sobre os efeitos biológicos das drogas. A hipótese da existência de receptores foi aventada em decorrência de três características notáveis da ação dos fármacos: alta potência, especificidade química e especificidade biológica. Para que a formação do complexo droga-receptor ocorra, faz-se necessário a interação da droga com o receptor ou uma ligação química mais ou menos prolongada entre eles. Tal ligação pode ser reversível ou irreversível, sendo a primeira mais comum. Diversos autores já propuseram que os receptores de fármacos podem ser categorizados dentro de dois estados de conformação de equilíbrio entre si, que são o estado ativo ou o inativo. Nesse sentido, quando um fármaco, através de sua ligação com a proteína receptora favorece a conformação ativa desse, ele é chamado de agonista. Já quando o fármaco impede a ativação do receptor pelo agonista, ele é denominado antagonista. Com base na estrutura molecular e no tempo de ação dos receptores, podemos distinguir quatro tipos ou superfamílias que compreendem os canais iônicos; receptores acoplados à proteína G; receptores ligados à quinase e os receptores nucleares. Embora a ligação fármaco-receptor ou substância endógenareceptor seja para gerar a restauração da homeostase do indivíduo, essa interação droga-receptor também pode causar doenças devido a distúrbios dos receptores como a miastenia gravis, o diabetes insulino-dependente, entre outros. Podemos considerar então, de acordo com levantamento de obras e autores por nós utilizados, que os pensamentos sobre os receptores farmacológicos vão se complementando ao longo dos anos e caminham para um cenário de evoluções cada vez mais constantes. Isso nos permite crer, que num futuro não muito distante, será possível sistematizar a dosagem de componentes químicos das drogas, de maneira cada vez mais subjetiva, o que certamente se refletirá numa maior eficácia do resultado esperado.
Descrição:
OLIVEIRA, M. W. X. de. Receptores farmacológicos: revisão bibliográfica. 2011. 33f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.