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O presente estudo teve como objetivo criar uma relação entre efeito e exposição direta a combustíveis automotivos em frentistas no município de Campina Grande. A metodologia desenvolvida utilizou um questionário previamente elaborado e a realização de exames no Laboratório de Análise Clínicas da Universidade Estadual da Paraíba, para avaliação da função hepática e renal. Participaram do estudo 76 frentistas e apenas 18 frentistas forneceram amostra biológica (sangue). Dos 76 participantes, 86% eram homens, idade entre 20-29 anos (55%), com ensino médio completo (55%), 82% trabalha com álcool, gasolina e óleo diesel. Dos 76 participantes, 89% não fumavam e 51% não consumiam bebida alcoólica. Observouse que 82% não relataram ter algum tipo de doença grave, 18% tinham ou tiveram algum tipo de doença, entre elas a hepatite e hipertensão arterial sistêmica, e 55% afirmaram ter histórico familiar de doença grave como cardiopatias, diabetes, câncer e doenças renais. Mais da metade dos frentistas (51%) relatou ter apresentado reações adversas pelo contato com os combustíveis, principalmente cefaléia, pele e boca seca, tontura, náuseas e irritação ocular, 48% dos indivíduos apresentaram um ou mais componentes do hemograma alterados, e 31% e 21% apresentaram entre uma ou mais alterações das provas de função renal e hepática, respectivamente. Este estudo corroborou com a teoria de que a exposição ocupacional aos combustíveis causa prejuízos aos sistemas fisiológicos, tornando-se necessárias mais informações sobre os riscos aos quais os frentistas estão expostos e as medidas de segurança que podem ser utilizadas. |
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