Resumo:
A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma espécie com grande polimorfismo e muitas dessas
variações podem ser exploradas no melhoramento ou ser úteis como marcadores genéticos. O
entendimento de como essas características são herdadas é importante para definir as
melhores estratégias para o isolamento de genes de interesse e o desenvolvimento de novas
cultivares. Por se tratar de uma planta mista, quanto à biologia reprodutiva, e por não
apresentar depressão endogâmica, os métodos de melhoramento aplicados a plantas
autógamas e alógamas podem ser utilizados. Este trabalho tem como objetivo estudar a
herança de alguns caracteres morfológicos relacionados com resistência a pragas e doenças.
Sementes autofecundadas por três gerações consecutivas de três genótipos divergentes para a
presença de antocianina, de cera e de excrescências no pecíolo, foram plantadas e cruzadas na
sede da Embrapa algodão. O modo de herança foi analisado nas gerações F
e, com base
em resultados de teste do qui-quadrado para as proporções observadas no campo, inferiu-se
que a presença de antocianina, de cera e de excrescências é dominante sobre a ausência, e
devem ser de herança governada por um ou poucos genes. No entanto, em todos os caracteres
estudados se observou em campo que na geração F
havia gradientes de intensidade que
dificultaram a classificação das plantas, o que pode também ser atribuído à herança poligênica
ou quantitativa. Outros autores também constataram o mesmo, porém estudos mais
aprofundados para elucidar estas questões não foram realizados. Há indicativo de que possa
haver um gene regulador dominante para expressão da cera no limbo da folha. Sob esse ponto
de vista, os fenótipos observados no campo se ajustam a proporção de 13:3, caracterizando
epistasia recessiva dominante.
Descrição:
RAMOS, L. C.
Estudo de herança de caracteres em mamoneira. 2012. 34f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.