Resumo:
Estuários podem ser classificados como zonas costeiras responsáveis por garantir de
maneira bastante ampla, a sobrevivência de uma extensa gama de espécies de teleósteos
que utilizam estes ambientes das maneiras mais variadas. Por estarem dispostas em um
gradiente continuum, espécies residentes e não residentes terão sua distribuição e
abundância determinadas pelo conjunto de influências bióticas e abióticas desses
ecossistemas. Tomando como base essas pressões seletivas, o presente trabalho visou
observar as influências recíprocas entre indivíduos/indivíduos e indivíduos/ambiente
como fatores estruturadores de populações, utilizando-se do estudo da ecologia trófica de
Atherinella brasiliensis e Anchovia clupeoides, relacionando-as como as variações
espaciais e temporais das espécies, bem como verificar se há partição trófica entre as
mesmas no estuário do rio Mamanguape Paraíba - Brasil. De Fevereiro de 2011 a Janeiro
de 2012 foram realizadas as amostragens, tendo como metodologia de captura arrastos de
praia. 1099 estômagos de A. brasiliensis e 310 de A. clupeoides foram analisados para as
mensurações acerca da ecologia trófica dos indivíduos, podendo ser observado em ambas
as espécies um hábito generalista, a partir da disposição das presas no diagrama de
Amundsen e da observação dos índices de importância relativa que cada presa apresentou
na dieta das duas espécies. A tendência ao especialismo foi vista como uma das
estratégias adotadas pelas espécies para fuga à sobreposição de nichos tróficos, assim como a estratégia de diversificação da dieta.
Descrição:
BRITO, G. J. S.
Partição trófica de Atherinella Brasiliensis
(Actinopterygii, Atherinopsidae) e Anchovia Clupeoides
(Actinopterygii, Engraulidae) no estuário do Rio
Mamanguape, Paraíba – Brasil. 2012. 56f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.