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Do quantitativo das águas residuárias coletadas no Brasil, algo em torno de 68,8% recebe algum tipo de tratamento. Quanto aos resíduos sólidos, do quantitativo coletado, apenas 27,7% são destinados em aterro sanitário e 50,8% são lançados em lixões. Os aterros sanitários são hoje considerados a forma mais viável de disposição final de resíduos sólidos urbanos dentro da realidade brasileira, levando em consideração aspectos físicos e econômicos, suas características construtivas permitem a minimização dos impactos gerados pelos seus principais poluentes ambientais, dentre eles o lixiviado. O lixiviado dos aterros sanitários é um efluente produzido devido a degradação da parcela orgânica dos resíduos sólidos urbanos que são dispostos no aterro, dentre as formas de tratamento mais aplicadas para este efluente são as lagoas de estabilização, porém sem obter eficiência necessária devido as suas características fisico-químicas e por parâmetros operacionais inerentes do sistema de lagoas. Nesta pesquisa objetiva-se avaliar o desempenho de um sistema de lagoas de estabilização em série utilizado no tratamento conjugado de lixiviado de aterro sanitário com águas residuárias. O sistema experimental foi montado e monitorado na Estação Experimental de Tratamento de Esgoto Sanitário (EXTRABES) na cidade de Campina Grande-PB. O lixiviado utilizado no projeto é proveniente do Aterro Sanitário Metropolitano da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba e as águas residuárias são provenientes do interceptor leste da cidade de Campina Grande-PB de responsabilidade da Companhia de Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto do estado da Paraiba (CAGEPA). O monitoramento foi dividido em duas fases, a fase 1 com 1% de lixiviado e a fase 2 com 2% de lixiviado. Com os resultados verificou-se que, devido o lixiviado ter sido pré-tratado pelo processo de stripping de amônia, a concentração de nitrogênio amoniacal não foi um fator limitante para o tratamento biológico, os substratos nas fases 1 e 2 apresentaram relação DBO
/DQO de 0,465 e 0,356, respectivamente, propiciando nos dois casos o tratamento biológico, nas lagoas de estabilização obtevese nas fases 1 e 2 eficiência de remoção de DBO de 94,57% e 90,18%, respectivamente, e uma remoção de DQO de 54,86% e 82,59%, respectivamente. Com os resultados obtidos vemos que a utilização de lagoas de estabilização em serie poderão ser uma alternativa promissora para o tratamento de lixiviado de aterro sanitário e águas residuárias, principalmente para o Nordeste do Brasil. |
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