Resumo:
Com o grande aumento da população há também o aumento do consumo dos
recursos naturais, o que nos levar a dizer que a necessidade de água tende a
crescer cada vez mais, para atender ao desenvolvimento industrial e outras
atividades humanas. Segundo o Sistema Nacional de Informação Sobre o
Saneamento (SNIS) de 2009 apenas 44,5% do esgoto gerado no Brasil é coletado e
apenas 37,9% do esgoto coletado recebe algum tipo de tratamento. Uma das formas
para se melhorar esses dados é o tratamento descentralizado do esgoto e o
tratamento aneróbio é uma delas, essa forma de cuidar da estabilização da matéria
orgânica presente no esgoto seguido de filtros de areia se mostrou uma ótima
alternativa. A filtração intermitente surgiu em 1870, na Inglaterra, como a primeira
tentativa exitosa de converter o tratamento de esgoto com uso do solo em um
processo controlado. Porém, há poucas informações ou experiências sobre o
funcionamento desses filtros em condições tropicais, e como o efluente tratado pode
ser utilizado em agricultura familiar ou em comunidades difusas. O funcionamento
deste sistema baseia-se na aplicação de afluente intermitente sobre a superfície de
um leito de areia. Durante a infiltração, ocorre a purificação por mecanismos físicos,
químicos e biológicos. O experimento realizado na EXTRABES de reatores
anaeróbios seguido de filtros de areia intermitente teve uma eficiência de remoção
da DQO de 81%, SST de 97% e uma turbidez de 96%. Enquanto que a nitrificação,
no mesmo sistema, apresentou uma eficiência de aproximadamente 70%, o que
portanto, o efluente gerado pode ser usado para a irrigação com algumas restrições, isso segundo a organização Mundial de Saúde (OMS) (2005)
Descrição:
SANTOS, E. S. P. dos. Pós-tratamento de reatores anaeróbios por filtros de
areia intermitentes. 2011. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.