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O câncer de mama no Brasil é a maior causa de morte por câncer entre as
mulheres. Fatores prognósticos clássicos (idade, tamanho do tumor, grau) servem
como preditor da sobrevida do paciente. Além destes, existem os marcadores
moleculares, que seleciona pacientes que se beneficiam com a terapia hormonal e
imunoterapia. O exame imunohistoquímico (IHQ) para análise dos receptores
hormonais e outros marcadores moleculares é o mais utilizado no Brasil, por ter
menor custo. O Ministério da saúde exige que hospitais credenciados ao SUS
realizem este exame, porém a FAP (Fundação Assistencial da Paraíba), referência
em oncologia e campo desta pesquisa, não realiza o exame imunohistoquímico,
obrigando os pacientes a realiza-los em laboratórios particular, onde custa em média
500 reais, e a maioria não possui condições de arcar com os custos. O objetivo
deste estudo é avaliar as diferenças clínicas e histopatológicas entre pacientes que
realizaram IHQ e as que não realizaram. Para isto foram analisados e comparados
os dados de prontuários, do período de 2005 a 2011, em um Hospital do Estado da
Paraíba, que atende à cidade de Campina Grande e cidades vizinhas. Verificou-se
um aumento na frequência da realização do IHQ, em 2005 apenas 26,06%
realizaram IHQ, em 2010, 51,61% (p=0,0007). Dos tumores diagnosticados em
2005, 53,01% eram T2, em 2010 a prevalência, com 51,72% dos diagnósticos eram
T1 (p=0,0401). No grupo com IHQ, o grau III teve uma redução (18,58%) em relação
as pacientes sem IHQ (25,47%) (p=0,0403). Das pacientes com IHQ que tiveram os
linfonodos avaliados, 61,49% eram livres de comprometimento linfonodal, e no grupo
sem IHQ, apenas 36,25% não possuíam linfonodos afetados (p=>0,0001). Concluise
que
a
utilização
do
exame
IHQ
para
pacientes
com
câncer
de
mama,
aumenta
as
chances
de
diagnóstico
precoce
e bom prognóstico. |
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