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Este trabalho é uma pesquisa-ação realizada em uma escola pública de nível médio na cidade
de Campina Grande, na Paraíba, como parte das atividades de estágio supervisionado em
Ciências Biológicas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade
Estadual da Paraíba. Trata-se de um relato de experiência didática, por meio do qual foi
realizado o planejamento de quatro aulas usando roteiros detalhados, semelhantes aos
“scripts”. Essas aulas foram ministradas para turmas do ensino médio, filmadas em vídeo com
prévia autorização dos estagiários e transcritas integralmente para análise. As questões
realizadas pelos estagiários foram marcadas, quantificadas e classificadas; assim como as
interações com estudantes da educação básica. Os resultados desse trabalho apontam o uso de
situações problema em sala de aula dependem do planejamento prévio por parte dos
professores em formação. Os estagiários que não planejaram essas perguntas antecipadamente
não conseguiram realizá-las de improviso. As perguntas de aproximação (o que vocês acham
que?) e as de levantamento de conhecimento prévio (vocês já ouviram falar em?) são mais
facilmente elaboradas pelos estagiários para interagir com os alunos da educação básica. Nas
aulas planejadas por meio de “scripts”, os estagiários elaboraram em média cinco questões
por aula. Ao todo foram feitas 28 questões e 50% delas eram situações-problema. Na
regência, em média foram feitas 11 questões por aula e 33% delas eram situações-problema.
Ou seja, na prática, os estagiários tendem a fazer mais questões de aproximação. Do
planejamento para a prática, a proporção de situações-problema se reduziu e também foi
observado que, caso o aluno não realize o planejamento prévio das perguntas, ele não
consegue problematizar. Do exposto, conclui-se que o planejamento de situações-problema é
uma condição necessária para que o professor problematize em sala de aula. |
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