Atividade antimicrobiana e efeito interativo in vitro de extratos, fases e compostos isolados de Piper montealegreanum yuncker

Abstract

A pesquisa sistemática para a obtenção de novas substâncias com finalidade terapêuticapode ser executada por meio de vários processos dentre eles a síntese de novas moléculas e modificação molecular de substâncias naturais. Este trabalho teve como objetivo avaliara atividade antimicrobiana do extrato etanólico bruto (EEB), duas fases particionadas(FP) e dois compostos isolados (CI) de Piper montelegreanum Yuncker, determinar aconcentração inibitória mínima – CIM dos produtos ativos e a interação dos produtostestados com os seguintes antimicrobianos: ampicilina 10mcg (AMP), gentamicina10mcg (GEN), ciprofloxacino 5mcg (CIP), cloranfenicol 30mcg (CLO), sulfametoxazol 25mcg (SUT), tetraciclina 30mcg (TET), eritromicina 5mcg (ERI), fluconazol 10mcg (FLU) e nistatina 10UI (NY). A avaliação da atividade antimicrobiana e as interaçõesforam realizadas pelo método de disco difusão. Para a interação foram adicionados 20µLda solução de cada produto ao disco do antimicrobiano, os solventes utilizados nopreparo dos produtos também foram testados durante a avaliação da atividadeantimicrobiana bem como nas interações. Foram testadas quatro cepas padrão AmericanType Culture Collection (ATCC): Staphylococcus aureus ATCC 25923, Escherichia coliATCC 25922, Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 e Candida albicans ATCC 76645.Foi possível verificar que tanto o extrato etanólico bruto (EEB) bem como as fases clorofórmica (CHCl ) e acetato de etila (ACOEt) mostraram-se ativos apenas frente acepa de S. aureus apresentando halos de inibição variando entre 8 a 12mm de diâmetro.As interações realizadas com os antimicrobianos demostraram potencial de modificaçãodo comportamento da droga in vitro, frente as cepa de S. aureus e P. aeruginosaverificando possível antagonismo na maioria das interações, já diante da cepa de E. coliverificou-se possível sinergismo para a maioria das interações, assim como diante da cepade C. albicans. Através dos resultados é possível concluir que P. montealegreanumapresentou atividade antibacteriana, bem como as interações realizadas apresentarampotencial de modificação do comportamento dos antimicrobianos, sendo importante queem estudos futuros seja realizada a identificação e concentração das substâncias ativas em cada parte da planta.