Pecados, crimes e monstruozidades em Drácula, O retrato de Dorian Gray e O médico e o monstro: reflexos da falência da moral vitoriana

Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar as obras O Retrato de Dorian Gray (1979), de Oscar Wilde, Drácula (2002), de Bram Stoker, e O Médico e o Monstro (1993), de Robert Louis Stevenson, sob o ponto de vista da estrita moral vitoriana, período em que a rainha Vitória esteve no comando das Ilhas Britânicas, mostrando como estes romances refletem metaforicamente a falência de diversos dos seus preceitos, que não eram de fato obedecidos. A falta de liberdade da população, a perseguição a homossexuais, prostitutas e escritores durante esse período é contrastada pela despreocupação dos personagens em cometer alguns delitos como o homicídio, a homoafetividade, considerada crime à época, a prostituição e severas críticas eram tecidas ao governo por meio da literatura da época. Como referencial teórico serão utilizados os estudos de Sandra Vasconcelos (2002); R. Ceserani (2006); H.P. Lovecraft (2007) ; Júlio Jeha (2007); A. Corrado (2009) e Tzvetan Todorov (2010), dentre outros.