Resumo:
O presente trabalho analisa o romance Inocência de Visconde de Taunay, tendo como método de abordagem critica a dialética texto e contexto elaborada por Antonio Candido. A nossa categoria específica analítica está centrada no ideário do amor romântico, que a relação das personagens Cirino e Inocência projeta. Como percurso de analise, destacamos a submissão da mulher do século XIX vivenciada por Inocência, cuja existência aparece subordinada aos valores patriarcais da época. A figura autoritária do pai exerce total controle sobre a vida desta personagem, o que a impede de realizar a relação amorosa com Cirino. A personagem é perfilada segundo o imaginário romântico, sob o qual a pureza, beleza e castidade são afirmadas. O nosso objetivo consiste em investigar este ideário romântico ao mesmo tempo em que tenta explicitar os fatores que interditam o amor entre as personagens. O amor romântico está condenado a consumar-se na morte, uma vez que é a morte bela e heróica que assegura a eternidade dos sentimentos conforme apregoa o movimento romântico. O romance de Visconde de Taunay nos conta sobre o prazer e a alegria de amar, mas também sobre a dor e o sofrimento de um amor interditado. Tal interdito se vincula a uma dimensão social de época, em que a voz e a posição feminina eram quase nulas.
Descrição:
FIGUEIREDO, S. O. de. Amor e interdito na obra “Inocência” de Visconde de Taunay. 2012. 46f. Monografia (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha, 2012.